Veja as dicas para se proteger do sol!

Saúde

Dependendo do tipo de pele, do tipo de luz e da região, o tipo de proteção necessária pode variar. Entender a dinâmica dos raios solares e receber dicas de um especialista são sempre informações valiosas nesse momento e seu corpo irá agradecer.

Tv Catia Fonseca Como escolher o protetor solar por Dra. Larissa Viana

Fotoproteção significa se proteger do sol. São quatro os principais tipos de radiação que chegam até a superfície da Terra:

  • Ultravioleta B (UVB) – luz praticamente imperceptível, responsável pelas queimaduras solares, bronzeamento e a maioria dos cânceres de pele. Essa radiação é mais intensa próximo ao meio-dia, no verão e na região dos trópicos.
  • Ultravioleta A (UVA) – também pouco percebida, representa 95% da luz que chega à Terra e é responsável pelo envelhecimento cutâneo, bronzeamento, escurecimento de manchas e alguns cânceres de pele. Em comparação com a UVB, essa radiação varia muito pouco ao longo do ano, do dia e do globo terrestre.
  • Infravermelha (IR) – essa luz de tom avermelhado é responsável por parte da percepção de luminosidade e do calor que temos sob o sol. Parece estar associada com o escurecimento de alguns tipos de manchas.
  • Luz visível – são os vários comprimentos de onda dentro deste grupo que nos permitem, principalmente, distinguir as cores. Hoje já é fato conhecido o seu  potencial de manchar a pele.

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Diante disso, é muito importante atentarmo-nos para o fato de que as nuvens não são capazes de bloquear, principalmente, as radiações UVA e UVB, apesar da diminuição da claridade e do calor nos dias chuvosos. É importante também saber que, para se proteger da luz branca, o protetor precisa ter cor ou ser um protetor físico.

O que você olha quando vai escolher o protetor solar ? A maioria das pessoas, quando vai comprar o filtro solar, procura logo verificar qual é o seu Fator de Proteção Solar (FPS) e isso é natural pois, na maioria das vezes, ouvimos falar só sobre ele . Mas você sabe exatamente o que significa FPS?

O FPS é a medida para os níveis de proteção contra os raios UVB e indica quantas vezes o tempo de exposição solar pode ser aumentado, sem o risco de queimaduras, com o uso de um protetor solar.

Assim, um protetor solar vai absorver a radiação UVB de acordo com o seu FPS. Ou seja, se o seu filtro solar possui FPS 2, ele absorve 50% da radiação, como mostram os números abaixo:

Tv Catia Fonseca Como escolher o protetor solar por Dra. Larissa Viana

• FPS 8 – absorve 87,5%
• FPS 10 – absorve 90%
• FPS 16 – absorve 93,6%
• FPS 20 – absorve 95%
• FPS 25 – absorve 95,7%
• FPS 32 – absorve 96,9%
• FPS 45 – absorve 97,8%
• FPS 65 – Absorve 98,4%

A proteção contra raios UVA gera muitas dúvidas, porque existem vários sistemas, e não apenas um, que identificam o grau de proteção contra esses tipos de raios. Aqui no Brasil, com as novas regras já em vigor, o que vale é o sistema PPD (Persistent Pigment Darkening), que é o mais utilizado também em todo o mundo.

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O ideal é um PPD acima de 12. Contudo, quem costuma usar filtros solares ou produtos japoneses e de alguns outros países  não vai encontrar a denominação PPD nos frascos. É possível que eles apresentem o PA ou o sistema das estrelinhas, que, é só uma forma diferente de dizer a mesma coisa. A tabela ajuda a entender esses sistemas:

  • PA+ – proteção de 2 a 4 horas contra radiação UVA. Equivale ao PPD menor que 4.
  • PA++ – proteção de 4 a 8 horas contra radiação UVA. Equivale ao PPD entre 4 e 8.
  • PA+++ – proteção de mais de 8 horas contra radiação UVA. Equivale ao PPD maior que 8.
  • PA ++++ – equivale a um PPD maior que 16.

No sistema das estrelinhas, o funcionamento é o seguinte:

Proteção UVA Mínima/Baixa.
★★Proteção UVA Moderada/Média.
★★★Proteção UVA Boa/Alta.
★★★★Proteção UVA Superior/Muito Alta. É a mais alta disponível em protetores comerciais.
★★★★★Proteção UVA Ultra. Disponível apenas sob prescrição médica.

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Há ainda a luz infravermelha, para a qual existem alguns protetores específicos, e a luz branca, para a qual é preciso usar um protetor físico (o que quer dizer que ele precisa conter óxido de zinco ou dióxido de titânio) ou ter cor para servir de barreira para entrada da luz branca.

Devemos também  lembrar que o uso dos protetores como único método de proteção solar, fará mais mal do que bem, já que uma boa proteção anti UVB e, consequente ausência de queimadura solar, poderá nos deixar mais tempo sob sol, expondo-nos por muito mais tempo aos raios UVA.

Assim, é imprescindível que, além de aplicarmos generosamente um filtro solar, reaplicando-o a cada duas horas ou sempre que a pele for molhada, devemos sempre ficar à sombra e com chapéus de abas largas e tecidos grossos, de preferência escuros, mesmo nos horários de sol menos intenso.

Saiba também que um tecido molhado protege menos do que um seco. Atualmente, existem várias marcas de chapéus e roupas de tecidos leves, porém de trama fechada, que permitem uma proteção razoável mesmo quando molhados.

Esses cuidados devem ser redobrados por aquelas pessoas que têm manchas na pele e doenças que possam ser agravadas pelo sol, como o Lúpus, por exemplo.

De repente, nesta hora, você pode estar se perguntando se o sol faz mal, afinal. E a resposta é absolutamente não! O sol é fundamental para nossa saúde, bem estar e, principalmente, para produzirmos a vitamina D que irá fixar o cálcio nos ossos. Mas, para isso, a quantidade necessária é relativamente pequena. Por exemplo, ficar sob o sol no início da manhã ou fim da tarde, apenas com as costas, braços ou pernas expostas, por 15 minutos, 2 a 3 vezes por semana pode ser o suficiente. Aproveite.

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Larissa Viana é médica dermatologista.
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