Tabagismo, consumo excessivo de álcool e sedentarismo estão atrelados a fatores de risco
O Novembro Azul é um mês dedicado a campanha nacional de conscientização ao câncer de próstata. Alertar a população masculina sobre a importância de cuidar da saúde é o objetivo central dessa campanha.
A consequência de não visitar um especialista ao perceber alguma anomalia ou desconforto é a diminuição da chance de cura. O ideal é procurar um médico logo nos primeiros sintomas atípicos como ardência, dor e manchas ou feridas na pele.
Jovens com câncer de testículo, linfomas e outros tipos de tumores podem perder sua fertilidade e, nesses casos, o congelamento do sêmen é uma opção para quem fará quimioterapia, radioterapia ou terapias imunossupressoras para doenças autoimunes.
“Quanto mais tempo o paciente demora para fazer o congelamento do sêmen, mais compromete seu futuro reprodutivo. O ideal é fazer antes de iniciar o tratamento do câncer”, explica Alfonso Massaguer, especialista em reprodução humana assistida, membro da Federação Brasileira da Associação de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e diretormédico da Clínica Mãe.
Além do câncer, existem outras causas para a infertilidade masculina. A produção do sêmen pode ser afetada por uma série de fatores como infecções, varizes nos testículos (varicocele), tumores benignos, alterações hormonais,quimioterapia, radioterapia, traumas, carências nutricionais, alterações de sono, medicamentos (como anabolizantes), torção e mau
posicionamento testicular (alto), além de alterações cromossômicas ou genéticas.
A infertilidade masculina acomete 1 a cada 20 homens, cerca de dois terços desses homens têm como principal razão as alterações na produção do sêmen como, por exemplo, baixa produção e/ou alterações de função, com baixa motilidade ou deformação nos espermatozoides. “Alguns profissionais que convivem com alta exposição a produtos químicos, pesticidas e radiações também devem pensar em congelar sêmen, pois suas
profissões afetam a qualidade dos espermatozoides”, explica o especialista.
A maioria destes homens não tem qualquer sintoma aparente, isto é, não apresenta quaisquer disfunções sexuais ou alterações no aspecto do sêmen. Por isso, é fundamental consultar-se regularmente com um médico, manter em dia as sorologias para algumas doenças como HIV e Sífilis, usar preservativo para evitar doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e procurar ajuda médica rapidamente se perceber algum sintoma atípico.
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