HPV: A vacina é eficaz contra o vírus?

Saúde

O Vírus HPV (Papiloma Vírus Humano) é um tipo de vírus com mais de 150 subtipos classificados por números. É altamente contagioso.

Os números apontam que 80% da população já teve ou terá contato com o papiloma vírus humano pelo menos uma vez ao longo da vida.

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Em 10% dos casos de HPV o vírus persiste e pode levar a graves problemas de saúde. No Brasil, são estimados 16 mil casos de câncer de colo do útero por ano e 5 mil óbitos de mulheres devido à doença

Cânceres de garganta e de boca são o 6º tipo de câncer no mundo, com 400 mil casos ao ano e 230 mil mortes.

Como ocorre a transmissão?

É considerada uma doença sexualmente transmissível na maioria dos casos. Mas, também ocorre transmissão materno-fetal pelo canal de parto.

Uma pessoa infectada pelo vírus necessariamente apresenta sinais ou sintomas?

Não. A maioria das infecções por HPV não apresenta nenhum sintoma e é de caráter transitório, ou seja, regride espontaneamente. Habitualmente as infecções pelo HPV se apresentam como lesões microscópicas ou não produzem lesões, o que chamamos de infecção latente. Quando não vemos lesões não é possível garantir que o HPV não está presente, mas apenas que não está produzindo doença. Acomete qualquer faixa etária e qualquer nível socioeconômico.

Quais são as manifestações da infecção pelo HPV?

Estima-se que somente cerca de 5% das pessoas infectadas pelo HPV desenvolverá alguma forma de manifestação.  Podemos detectar verrugas com aspecto de couve-flor e tamanho variável. Nas mulheres podem aparecer no colo do útero, vagina, vulva, região pubiana, perineal, perianal e ânus. Em homens podem surgir no pênis (normalmente na glande), bolsa escrotal, região pubiana, perianal e ânus. Essas lesões também podem aparecer na boca e na garganta em ambos os sexos. As lesões nem sempre podem ser visíveis mesmo nos lugares acima descritos, ou estarem localizadas no colo do útero.

Qual é a relação entre HPV e câncer?

A infecção pelo HPV é muito frequente, mas transitória, regredido espontaneamente na maioria das vezes. No pequeno número de casos nos quais a infecção persiste e é causada por um tipo viral  ONCOGÊNICO ( 16 e 18) do HPV, pode ocorrer o desenvolvimento de lesões precursoras, que se não forem identificadas e tratadas podem progredir para o câncer, principalmente no colo do útero, mas também na vagina, vulva, ânus, pênis, oro-faringe e boca.

Estima-se que os tipos virais de HPV 16 e 18 são responsáveis por 70% dos casos de câncer.  As verrugas genitais são mais frequentemente causadas (90% dos casos) pelos vírus de baixo risco => 6 e 11.

Quais são as formas de proteção para o HPV?

Preservativo e vacina. Em uma relação sexual desprotegida a chance de adquirir a doença está em torno de 40 – 60%. Uma vez infectado pelo HPV apenas as células da imunidade poder resolver a situação. É importante lembrar que o preservativo não é 100 % eficaz.


Qual a eficácia da imunização?

Apresenta 98% de eficácia para quem segue corretamente o esquema vacinal (incluindo início precoce). Confere proteção contra quatro subtipos mais frequentes do vírus HPV (6, 11, 16 e 18). É segura e está aprovada em 133 países. Destes, 70 possuem indicação para uso no público masculino? EUA, Austrália, Áustria, Israel, Porto Rico e Panamá já introduziram em programas nacionais de imunização. A imunização é importante para a prevenção de vários tipos de cânceres.  Contribui com a redução da incidência do câncer de colo de útero e vulva nas mulheres.

A inclusão dos meninos também irá contribuir para o aumento da proteção em meninas. Previne os cânceres de pênis, ânus e verrugas genitais. Previne casos de cânceres de boca e oro-faringe e verrugas genitais, em ambos os sexos.

Quais são as vacinas existentes no Brasil?

Vacina bivalente: Proteção contra 2 tipos de HPV (16 e 18).  Vacina quadrivalente: Proteção contra 4 tipos de HPV (6 -11- 16 -18).

Já tive infecção pelo HPV, preciso receber a vacina?

 Sim. Diferente de outras infecções virais, que causam imunidade duradoura, os anticorpos produzidos pela infecção natural por HPV não conferem esse tipo de proteção. Sendo assim, aqueles que já foram infectados pelo HPV ficam suscetíveis a novas infecções. Já a produção de anticorpos neutralizantes secundária a vacinação é eficaz na proteção duradoura contra os tipos virais disponíveis na vacina.

 

 

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A vacina contra o HPV é segura? 

A vacina contra o HPV é inativada, portanto , incapaz de causar a doença. É segura e sem relatos de efeitos adversos graves.  Vacina contra o HPV é disponibilizada gratuitamente aos seguintes grupos no SUS:

Esquema de 2 doses com 6 meses de Intervalo entre elas:

  • Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos; meses de intervalo entre elas
  • Com o esquema de 3 doses: 0 – 2 – 6 meses
  • Mulheres e homens de 9 a 26 anos que vivem com HIV positivo;
  • Pessoas transplantadas ou que serão submetidos a transplantes (órgãos sólidos e medula óssea) na faixa etária de 9 a 26 anos;

A vacina entrou no calendário do Programa Nacional de Imunização (PNI) em 2014 com o esquema estendido para meninas de 9 a 14 anos. A cobertura no estado de São Paulo é atualmente é de 60% na Primeira dose e 40% na Segunda dose.

PNI 2017 – Meninos com idade entre 11 e 14 anos.

Primeira dose = 30% e segunda dose 14%.

É uma vacina segura, eficaz e sem relatos de efeitos adversos graves.

Quanto mais precoce o início da realização da vacinação mais eficaz é a imunização e maior proteção e prevenção contra o câncer. Portanto, estamos falando não apenas de prevenção contra uma doença sexualmente transmissível, mas, principalmente como forma de prevenir o câncer.

 

 

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