As eleições despertam sentimentos e emoções que vão desde o ódio e revolta, até a paixão e euforia. Esse mix de sentimentos geralmente é projetado a favor ou contra um candidato. Então, por que somos tão emocionais ao defendermos um candidato ou partido político?
Uma boa explicação é que nosso sistema emocional foi a primeira das formas que foram desenvolvidas no nosso processo evolutivo para sermos capazes de antecipar as situações e nos defendermos. Tudo pela sobrevivência.
Então quando sentimos que o candidato ao qual criamos um vínculo de preferência emocional está em uma situação de “perigo”, defendemos com “unhas e dentes”. A discussão por muitas vezes ocorre sem ao menos racionalizar. É uma estratégia de pura defesa do cérebro. Como se fôssemos da mesma família, time de futebol ou aldeia. Como se houvesse um vínculo forte construído.
VEJA TAMBÉM: 7 coisas que você deve parar de fazer agora com Fernanda Mamedes
Uma boa sugestão para lidar com a política é utilizar de forma sábia a nossa Inteligência Emocional. Daniel Goleman revela que a inteligência emocional é composta por cinco grandes habilidades: Autoconhecimento emocional, gerenciamento das emoções, motivação, empatia e habilidade social. Atitudes extremamente emocionais muitas vezes nos trazem prejuízos sociais como desentendimentos e a quebra de laços afetivos devido à divergência de opiniões. Tentar comprovar que o meu candidato está correto e que todos os outros devem seguir a mesma linha de pensamento e ideologia que a minha é pura ilusão. |
Entrar em constantes conflitos em redes sociais e excluir pessoas que não compartilham da mesma ideologia política, podem tornar você inconveniente. Vale lembrar que a nossa ideologia política está ligada aos nossos valores – Entenda valores como aquilo que acreditamos ser importante para nós enquanto pessoas.
Segundo a Ph. D Tamara Avant, do Departamento de Psicologia da South University, “parte da auto-expressão associada com a nossa paixão a respeito das ideologias políticas é o desejo de encorajar outras pessoas a pensar (e votar) como nós. Algumas pessoas orgulhosamente mostram em quem vão votar através de broches ou de faixas e placas no jardim de suas casas. Nossas ideologias políticas estão extremamente ligadas aos nossos valores, e nós usamos a política como um meio de compartilhar os nossos valores com os outros”.
a | Levar inteligência às emoções pode ser fundamental neste momento. Afinal, a vida segue após o período eleitoral, e virá a consciência de que talvez tenhamos exagerado com quem simplesmente não compartilha dos mesmos valores. |
VEJA TAMBÉM: Com que você gasta sua energia? por Fredy Figner
Então qual seria a atitude mais sensata neste contexto?
Usar o lado racional do cérebro para gerenciar suas emoções e decidir o seu voto da forma mais consciente para você. E, acima de tudo: Respeitar. Compartilhar opiniões e ideias é saudável e construtivo desde que exista o respeito.
Tenha empatia e habilidade social para entender que suas escolhas tem apenas a ver com seu universo, e o de mais ninguém. Da mesma forma que você acredita estar fazendo o certo, o outro também acredita, só que cada um com um viés diferente. Assim funciona a democracia.
Fredy Figner é Bacharel em Psicologia, Coach e trabalha com atendimentos e palestras comportamentais. |
Rede Social
Facebook: https://www.facebook.com/fredyfigner
Site: http://fredyfigner.com.br/